ARY COSLOV dirige FREUD & MAHLER, no Centro Cultural Justiça Federal.
A peça focaliza o célebre encontro entre o pai da psicanálise e o genial compositor.
A estreia (nacional) será no dia 10 de outubro, quinta-feira, no Centro Cultural Justiça Federal.
Em “Freud & Mahler” a autora Miriam Halfim focaliza o célebre encontro
entre o pai da psicanálise Sigmund Freud e o genial compositor
Gustav Mahler – ocorrido em agosto de 1910, em Leiden, Holanda -, após o
último descobrir que sua mulher, Alma, o havia traído. A imensa
insegurança por parte do compositor é evidenciada por marcar e desmarcar o
encontro várias vezes, desenhando o retrato de um homem
problemático, prato cheio para qualquer psicanalista. Freud desenvolve,
então, sua hipótese de uma terapia breve. No encontro entre esses dois
gênios, de campos tão diversos, surge um embate desenvolvido numa conversa
de jardim, já que Freud alegava que caminhar ajudava os pensamentos
fluírem até chegar à solução dos problemas. A conversa é inteligente, com
toques de humor e sofrimento e apresenta um desenlace curioso, chegando ao
final um Mahler curado e feliz e um Freud inseguro quanto ao recebimento
de seus justos honorários, já que o pagamento deverá ser feito por
Alma Mahler. O consolo de Freud é que sua teoria de grande conhecedor da
alma humana é comprovada.
O
encontro desses dois grandes homens, que a peça de Miriam Halfim focaliza,
resultou na “libertação” de Alma Mahler, já que, após
retornar da terapia com Freud, Mahler olhou novamente as composições de Alma –
composições que antes ele considerava inferiores – e começou a
toca-las no piano. Se arrepende e passa a considerar as canções excelentes.
Mahler, então, dedica à mulher sua “Oitava Sinfonia”, que ele rege em 12 de
setembro de 1910, e também publica cinco “lieder” de Alma, que estreiam em
Viena e Nova York. Assim, pode-se dizer que Freud teve sucesso duplo com a
sua terapia breve.
A qualidade do texto de Miriam Halfim se une a alta qualificação dos
artistas da ficha técnica, a partir do diretor, Ary Coslov, com
experiência e sucesso em mais de 50 trabalhos em teatro, cinema e TV, e
especialmente na escolha dos dois atores, Giuseppe Oristanio e
Marcello Escorel, prestigiadíssimos e conceituados em suas atividades
no teatro, cinema e TV.
O objetivo da montagem é tocar o espírito do espectador e transformá-lo,
de uma forma lúdica, transportá-lo para um universo onde a inteligência
passeia, através de dois personagens brilhantes. O espetáculo leva uma
visão de mundo humanizada, divertida e otimizada, com o conhecimento da
maravilha que é o ser humano.
A trilha sonora é composta por composições de Gustav Mahler (6ª sinfonia, 1º movimento – 5 minutos; 5ª sinfonia, 4º movimento – 11 minutos; 1ª sinfonia, 3º movimento – 8 minutos; 6ª sinfonia, 3º movimento – 13 minutos), além de Frank Zappa a musical Tribute a Edgard Varese – 10 minutos.
“Acreditamos que o momento seja bastante oportuno para este espetáculo, já que a peça procura unir todos os ingredientes necessários a bons momentos culturais, numa hora em que a cultura está sendo preterida. Além disso, vivendo numa situação em que estamos precisando muito de “grandes homens”, nada como mostrar duas personalidades geniais: o gênio musical Gustav Mahler com as teorias de Sigmund Freud, que desnudam a variada riqueza contida na alma humana. Mahler e Freud eram judeus, nascidos na mesma região, Bohemia, ambos foram para Viena e protagonizaram uma época de grande efervescência cultural, deixando suas marcas pelo talento de criação. Evocando o panorama cultural desta época e a importância de Mahler e Freud neste contexto, iremos levar o público a um universo mágico, acompanhados pela música do genial compositor.”
A
temporada de estreia (nacional) de “Freud & Mahler” será de 10
de outubro a 21 de novembro, quintas e sextas-feiras, às 19h, no
Centro Cultural Justiça Federal, no Centro do Rio de Janeiro.
Ary Coslov, diretor
Começou a trabalhar em 1963, na TV, cinema e teatro. No cinema, Ary Coslov
atuou em filmes como “O Mundo Alegre de Helô” (1967), de Carlos Alberto de
Souza Barros, e “Anjos e Demônios” (1970), de Carlos Hugo Christensen.
Dirigiu mais de 25 peças de teatro, tendo recebido os prêmios Shell e APTR
em 2009 por sua direção de “Traição”, de Harold Pinter. Estreou na
Globo, também como ator, na novela “Escrava Isaura”, de Gilberto Braga.
Atuou em “Sinhazinha Flô”, de Lafayette Galvão e na primeira versão da TV
Globo do “Sítio do Picapau Amarelo”, adaptação da obra de Monteiro Lobato.
Estreou como diretor na TV no seriado “Carga pesada”, em 1979, na TV
Globo. Em 1984 foi para a TV Manchete, onde dirigiu “Marquesa de Santos”.
Voltou para a Globo em 1991, onde dirigiu e atuou em seriados, minisséries
e programas de humor, dirigiu mais de 30 novelas, como “Andando nas
Nuvens”, “Esplendor”, “Uga Uga”.
Giuseppe Oristanio, ator
Sua carreira teve início em 1973, aos 14 anos, vivendo Pedrinho no “Sítio do Picapau Amarelo” durante três anos, na antiga TV Tupi. Em 1979, começou a fazer novelas, com Walter Avancini em “Como Salvar Meu Casamento”, da TV Tupi. Em seguida, emendou uma sequência de trabalho na TV, em várias emissoras (Bandeirantes, Manchete, Globo, SBT e Record): “Um Homem muito especial”, “Os Adolescentes”, “Os Imigrantes”, “Ninho da Serpete”, “Sabor de mel”, “Jogo do Amor”, “Vida Nova”, “Kananga do Japão”, “O canto das sereias”, “Mãe de Santo”, “A história de Ana Raio e Zé Trovão”, “Fronteiras do Desconhecido”, “Fera Ferida”, “Irmãos Coragem” (1995); “Colégio Brasil”, “Dona Anja”, “A história de Ester”, “Serras Azuis”, “Tiro e Queda”, “Você Decide”, “Malhação”, “A Diarista”, “Da cor do pecado”, “A lua me disse”, “Cristal”, “Luz do sol”, “Chamas da Vida”, “A história de Ester”, “Ribeirão do Tempo”, “Fora de Controle”, “Máscaras”, “Dona Xepa” (2013), “O amor e a Morte”, “Milagres de Jesus”, “Plano Alto”, “Os Dez Mandamentos”, “Belaventura”, “Jesus”, “Cinema Café”. No cinema, atuou em “Il Barbiere di Rio”, “Beleza Pura”, “Os monarcas – A lenda” e “Os Dez Mandamentos”. No teatro, começou em 1979, ainda pré-adolescente e seu último trabalho foi “Doidas e Santas”, espetáculo que ficou mais de oito anos em cartaz e foi assistida por cerca de 300 mil pessoas, ao lado de Cissa Guimarães e Josie Antello. Desde 2007 Giuseppe é ator exclusivo da TV Record, onde até o momento atuou em 14 produções e está escalado para “Amor Sem Igual”, novela que substituirá “Topíssima” em 2020.
Marcello Escorel, ator
Trabalhou com diversos diretores numa riquíssima trajetória artística que
começa em 1976, no grupo de teatro do Colégio Santo Inácio.
Profissionalmente, Marcello Escorel estreou em 1979, com “O Diamente do
Grão Mongol”, de Maria Clara Machado, direção de Wolf Maia. Pertenceu ao
Grupo TAPA entre 1980 e 1984. Participou da revitalização do teatro
de revista com o Grupo Nós é Que Bebemos, em 1985. Entre 1990 e
1992, participou do Centro de Demolição e Construção do Espetáculo,
liderado por Aderbal Freire-Filho. Até o momento atuou em mais de 30
espetáculos sendo dirigido por: Aderbal Freire-Filho, Alice Viveiro
de Castro, Antonio de Bonis, Antonio de Bonis, Augusto Boal, Bosco Brasil,
Cibele Forjaz, Domingos Oliveira, Eduardo Tolentino, Flávio Marinho,
Gabriel Villela, Guilherme Leme, Ítalo Rossi, João Bethencourt, Joaquim
Vicente, José Renato, Lúcia Coelho, Luiz Arthur Nunes, Luiz Fernando Lobo,
Marcus Alvisi, Moacir Chaves, Stella Miranda, Ulysses Cruz e Wolf
Maya. Na TV, começou em 1994, na novela “A Viagem”, participou de
“Irmãos Coragem”, “Pecado Capital”, “O Clone”, “Senhora do Destino”,
“Belíssima”, “Ribeirão do Tempo”, “Sansão e Dalila”, “Milagres de Jesus”,
“Escrava Mãe”, “Pega e Pega” e “Espelho da Vida”. No cinema,
participou de dezenas de filmes importantes, como: “Bufo &
Spallanzani”, “O Xangô de Baker Street”, “Como nascem os anjos”,
“Carandiru”, “Tropa de Elite” e “Totalmente inocentes”.
Miriam Halfim, autora
Dramaturga, Miriam Halfim estudou com João Bethencourt, um dos
maiores dramaturgos do Brasil. Escreveu dez peças, todas premiadas em
concursos de dramaturgia no Brasil e em Portugal: Ana de Ferro e Bento
Teixeira (2002), Empinando Papagaio (2000), Sobre meninos de rua (2004),
Senhora de Engenho – entre a cruz e a Torá (2008), Freud e Mahler
(2006), Reza Forte (2006), Uma coisa puxa outra (2007) e Ecos da
Inquisição (2008). Teve encenados os textos “Fazer o que?”, com Felipe
Wagner, direção de Moisés Bittencourt, supervisão de Domingos de Oliveira,
“Sexólatras anônimas”, com Maria Cláudia, “O língua solta”, com Isaac
Bernat, direção de Xando Graça, “Ecos da Inquisição”, com direção de
Moacir Chaves, com Paulo Giardini, Marcos Martins, Peter Boos, Carolina
Godinho, Raquel Libório e Gilberto Campello, “Lar Longe Lar”, direção de
Gilberto Gawronski, “Eugênia”, direção de Sidnei Cruz, com Gisela de
Castro, “Meus Duzentos Filhos”, direção de Ary Coslov, com Marcelo
Aquino (indicada aos Prêmios Cesgranrio e Botequim Cultural). A autora é
Membro da Academia Carioca de Letras e Pen Clube do Brasil.
Ficha técnica
Texto: Miriam Halfim
Direção: Ary Coslov
Elenco: Giuseppe Oristanio (Sigmund Freud) e Marcello Escorel (Gustav
Mahler)
Cenário: Marcos Flaksman
Vídeos: Thiago Sacramento
Iluminação: Paulo César Medeiros
Figurinos: Brunna Napoleão
Preparação Corporal: Marcelo Aquino
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Fotos e Arte Gráfica: Thiago Sacramento
Assistência de Direção: Bernardo Peixoto
Assistência de Produção: Mayara Voltolini
Produção Executiva: Isabel Braga
Produção: Maria Alice Silvério
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